O gênero “Distopia” está cada vez sendo mais explorado por escritores, roteiristas e diretores de cinema. Trata-se de uma tentativa de mostrar como o mundo seria se o governo tomasse conta de absolutamente tudo o que conhecemos. A distopia mais famosa já escrita é “Admirável Mundo Novo“, de 32, que trata de mostrar como o planeta seria se todos vivessem para o capitalismo. O filme que irei analisar e resenhar hoje é o “Onde Está Segunda”, que mostra um possível futuro, no qual não não estamos tão distantes assim.O longa mostra como seria um futuro onde a genética modificou tanto os alimentos, que as mulheres começaram a dar a luz à gêmeos em massa, logo a terra ficou populosa de mais e o governo começou a adotar medidas que já são presentes até na China atual, onde cada casal pode ter apenas dois filhos, mas no filme essa quantia é revertida apenas para um.
O casal que “desobedecer” essa ordem, terá seu filho congelado, até que haja um futuro “melhor” onde todos possam viver em paz. Daí nós temos nossas protagonistas: Domingo, Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta e Sábado. Sete gêmeas que conseguiram burlar o sistema graças à seu avô, que toma medidas muito altas para que suas netas possam continuar a viver.As sete irmãs se passam por uma única pessoa, Caren 7º, nome de sua mãe. Um detalhe importante que não pode passar despercebido é que cada uma das gêmeas só podem sair de casa em seus respectivos dias. Daí elas tem que gravar tudo o que acontece no dia uma da outra para que não haja suspeitas.
Tudo vai como o planejado, só que algo acontece e ninguém sabe o porquê, a Segunda desaparece misteriosamente, dando início à luta incansável contra o governo, que faz de tudo para que o caso das sete irmãs não vaze para a mídia mundial. O veredito: O filme realmente consegue abordar um tema difícil de uma maneira muito fácil, pois quando se trata do governo, nada é como imaginamos, sempre há uma imensidão de fatos que não conhecemos, fato que é abordado muito bem no longa. As atuações foram realmente muito boas, a atriz Noomi Rapace fez um ótimo trabalho interpretando sete personagens diferentes. A fotografia está incrível, gostei muito deles terem apresentado uma cidade não tão desenvolvida, pois o aumento da população aumentaria consequentemente o número de favelas.
É um filme 70% verdadeiro, onde podemos ver que é uma realidade não tão distante, pois o aquecimento global está sim acontecendo, junto do aumento populacional. Logo não haverá nem água e nem comida, o que obrigará os cientistas a usarem a genética ao seu favor, dando início a muitos erros.
Realmente a única coisa que me incomodou no filme foram a quantidade de diálogos clichês, do tipo “aah vamos nos livrar dessa”, algumas vezes pareceu ser uma malhação futurística, mas ainda não sei se é por conta da dublagem, pois essas conversas desnecessárias durante o filme fazem com que a atuação dos atores seja duvidosa.
Nota: 9/10.
Assista ao trailer: