Mais uma indicação de filme, dessa vez sobre um romance que passou despercebido pela galera jovem em 2017. O filme “Tudo e Todas as Coisas” é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Nicola Yoon. Sua adaptação foi dirigida por Stella Meghie.Seu enredo mostra Madeline, uma garota que foi diagnosticada com “ICG”, um estado onde o corpo não consegue combater os vírus e bactérias exteriores, tornando uma simples febre algo bem maior e complicado. A garota nunca saiu de casa, está “aprisionada” dentro de uma super proteção anti-viral há dezoito anos, mas tudo muda quando ela conhece Olly, seu novo vizinho. Madeline começa então a ter desejos normais de adolescente, mas que ela sabe que para a sua condição são impossíveis.
A história consegue conversar sobre algumas coisas importantes, inclusive a violência doméstica por parte da família de Olly. É uma história bem real, que não cria um ambiente falso para dar exemplos de possíveis coisas que acontecem, pois você sabe que provavelmente, no mundo, há pessoas com o mesmo problema de Madeline. Só que, de fato, é bem difícil haver uma identificação com a protagonista, tendo em vista o estilo de vida que ela leva.
O longa-metragem trás uma ambientação bem atual, com os eletrônicos e todas as tecnologias, a trilha sonora também trás músicas do nosso presente, o que me irritou um pouco, já que daqui a cinco anos essas músicas vão parecer bem mais velhas do que realmente serão, por isso sou a favor de que os filmes tenham músicas instrumentais ou orquestradas, pois usar hits em filmes é um tiro no pé.
É um filme bem emocionante, que consegue te cativar e abrir seus olhos para possíveis estilos de vida que estão bem distantes do nosso, porém me irritou um pouco o final, já que ele causa toda uma ilusão de inclusão social de pessoas que realmente possuem problemas de saúde, criando um final feliz estilo Disney, a gente sabe que a realidade é outra. Também me incomodou bastante o fato de não haver muitos cenários. Em poucos minutos eu já conhecia a casa da protagonista toda, é um pouco sufocante, mas talvez a diretora tenha tentado fazer isso mesmo.
Nota: ✪✪✪✪✪✪✪✪/10.
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