Xuxa foi uma figura muito influente no meio infantil lá nos anos 80. Começou sua carreira como apresentadora da Rede Manchete de televisão, onde apresentava o Clube Da Criança, desde 1983. Foi então que a Rede Globo a contratou, retirando-a da Manchete e criando seu próprio programa infantil. Para ilustrar seu show, foram compostas cerca de 10 faixas que entraram para o LP. Foi investido muito neste trabalho, que teve como compositores, nada mais, nada menos do que Rita Lee, Frejat, Guto Goffi, Evandro Mesquita e Patrícia Marx. Foi então que em 1986, com a produção impecável de Guto Graça Melo, foi lançado o primeiro “Xou Da Xuxa”.
Sendo um álbum infantil, o estilo musical utilizado foi o Pop Rock, que estava muito em alta na época. O foco era manter as crianças ouvindo o disco o dia todo, então Guto encheu o álbum de canções bem enérgicas e dançantes. Há algumas baladas, focadas em personagens infantis, mas só para quebrar um pouco o clima, e logo logo surge outra música como ‘She-ra” onde a criançada podia sair pulando pela casa novamente.
A voz de Xuxa não é algo que se destaca tanto, já que ela na verdade não é uma cantora. O produtor disse que foi um pesadelo gravar este disco, já que Xuxa teve de repetir centenas de vezes CADA UMA DAS FAIXAS até ficar bom. E no final ainda é cheio de vozes infantis, para preencher os vocais.
‘Xou da Xuxa’ foi todo pensado para o seu programa, já que era lá que a apresentadora iria divulga-lo. Canções como “Peter Pan”, “Turma da Xuxa”, “Amiguinha Xuxa” e “She-ra” foram escritas para o programa de auditório e para os desenhos que passavam nele, como uma espécie de música tema. Outras faixas como “Doce Mel” (que é simplesmente a melhor de todo o disco), “Meu Cãozinho Xuxo”, “Quem Qué Pão”, entre outras, não estão atreladas diretamente com o Xou da Xuxa (programa), mas são excelentes músicas.
É interessante citar que a cantora foi extremamente sexualizada nos anos 80, até a virada dos anos 90. Suas capas sempre tem um tom provocativo, com poses sensuais ou com roupas decotadas estrategicamente. O motivo para isso – se é que há um – é que geralmente a capa chamava a atenção dos pais, que se encantavam por Xuxa e compravam o LP para seus filhos.
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Que post bacana 🙂 É bem provável que eu tenha tido esse álbum… Fico feliz por não me lembrar da sexualização da Xuxa porque acho isso um tanto incômodo na reconstrução das minhas memórias da infância rs
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HAHA realmente algo triste, mas é um bom álbum ❤ Fico feliz que tenha gostado.
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Que bacana.Lembro de ter escutado algumas músicas desse álbum quando criança.
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Eu peguei a parte do “Xuxa só para baixinhos” kk
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Bom, eu creio que essa questão da sexualização é algo bem relativo, uma vez que depende muito da cabeça ou até mesmo da educação tem que ver. Eu fui criança nos anos 80 , adolescentr nos anos 90;sempre acompanhei a Xuxa. Tenho todos os LPs , inclusive esse que é o assunto do post, e sinceramente nunca enxerguei essa sensualidade ou qualquer outra coisa que levasse a uma conotação de cunho sexual. Se formos ver por esse lado, muita coisa nos anos 80 tinha essa questão em volta, ou vocês já se esqueceram do desenho “She-ra”?Nunca olharam o uniforme dela? E o corpo? Altamente influenciado pelo padrão de beleza da época! As pernas da She-ra ficavam bem a amostra, mas a maioria de nós nunca prestou atenção a isso, até porque a criança de nossa época tinha outra cabeça,já as de hoje…enfim. Bem, mas finalizando, isso é muito relativo. Adoro as capas de todos os discos.
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Na verdade isso é só um ponto que levantei. Os ensaios fotográficos são um tanto quanto sensuais sim, dá pra ver nas fotinhas que ficam atrás dos discos. Eu escrevi recentemente uma matéria sobre a nova She-ra em relação à antiga e como esta está menos sexualizada.
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