Miley Cyrus volta com um projeto de Hip-Hop, nos remetendo à sua era “Bangerz”

Hannah Montana está mais rebelde que nunca! Após flopar com seu último álbum de estúdio, “Younger Now”, Miley Cyrus descobre que a fórmula para seu sucesso é o Hip-hop e as letras +18. A cantora lançou nesta sexta-feira (31) seu novo EP, que conta com a participação de mais de 5 produtores, incluindo Mark Ronson.
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Apesar de seu rostinho de Barbie, Miley se mostrou muito flexível ao trabalhar com o Rap e o Hip-Hop de forma tão original. É um EP com estilo misto, que mescla canções com sonoridades atuais e baladas estilo anos 90. É como ouvir um daqueles CD’s de Black que encontramos em camelôs, só que com uma ex-atriz da Disney.

O EP já começa em alto astral com a faixa “Mother’s Daughter”. Miley introduz essa nova era em sua carreira afirmando que ela é uma mulher livre e não terá sua liberdade tirada por ninguém. É uma música que se desenvolve muito bem com ótimas batidas.
“Unholy” é uma música que celebra o ato de cuidar da própria vida. A cantora assume que sua rotina é vista como um tabu, sendo que todos nós fazemos algo “profano” de vez em quando, mas todo mundo adora apontar dedos.
“D.R.E.A.M.” é uma parceria com o rapper Ghostface Killah. A letra da música é uma verdadeira viagem. Miley fala sobre sua liberdade sexual em meio à algumas confissões sobre como ela está entregue às drogas e simplesmente não dá a minima.
“Cattitude” é uma parceria com o RuPaul. A canção trás boas referências do universo Drag, sendo um hit eletrônico bem balada gay. A letra dessa música é basicamente a coisa mais explícita, falando sobre termos gays, que eu já vi em uma música. É a faixa mais fraquinha do disco, mas a composição vale a pena.
“Party Up The Street” é simplesmente a melhor faixa deste trabalho! Em parceria com o cantor Swae Lee e Mike WiLL Made-It, cantora apresenta uma canção bem neutra, mas com uma ótima produção e um clima super positivo. A letra é simples, fala sobre se divertir em uma festa de rua com alguém que gosta.
O EP é encerrado com “The Most”, também conhecida (por mim) como a baladinha romântica. Em sua letra Miley fala sobre seus atos de sabotagem em relação à pessoa que ela ama. Esse alguém especial corresponde todos os seus momentos de fraqueza com muito amor.

Miley Cyrus mostrou que não mudou em nada e continua a mesma peça carismática de sempre. Suas músicas vem como uma forma de passar o tempo com uma boa batida e uma letra engraçada para acompanhar, então se quiser algo para refletir, melhor ouvir Florence Welch.
Ainda sim a cantora consegue fazer pequenas críticas em meio às suas composições sobre drogas, provando que também consegue ser relevante neste meio. Sua ousadia ao utilizar do Hip-hop como meio de expressão de sua arte só mostra que Miley é uma artista que não sacrifica a sua arte por streams.
Ouça: